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O que o bordado confessional revela sobre o artista é mínimo comparado sobre o que revela sobre o mundo. O bordado afirma percepções confessionais e também provoca, pela própria técnica, sensações íntimas. Através da experiência prática e teórica, utilizando o exercício com a escrita e o desenho e conhecendo artistas que utilizaram o bordado em seus trabalhos para instaurar intimidade e confissão.

O bordado é uma estratégia para cartografar o jogo de relações que formam os acontecimentos. Para Michel Foucault, não existem objetos naturais e sim práticas que constituem os objetos. Estas práticas de poder, discursivas e de subjetivação, seriam imanentes aos processos sociais, culturais, políticos, econômicos e históricos. Assim, como um diário do mundo em que vivemos podemos, pelo bordado, elaborar nossos próprios significados. Somos uma sociedade obcecada por revelar, revelações e grandes verdades ocultas.

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