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Os corações já são parte do meu trabalho desde 2006, em ilustrações e bordados. O interesse pela cerâmica surgiu pelo desejo de trabalhar com suportes que não fossem moles, como tecido, papel,

e que pudesse ser perfurado, bordado, com resistência. A cerâmica é apaixonante. O tempo que leva para moldar, secar, queimar e esmaltar é longo. É preciso pensar como projeto, começo, meio e fim. A cerâmica existe desde que se mete a mão na argila molhada, água e terra, e quando seca, ar, quando queima, fogo.

Minha vontade de fazer corações vermelhos, bordados em cerâmica vem de imaginar corações fumegantes. De pensar na necessidade da emoção para ativar certas qualidades urgentes. O coração é um órgão supervalorizado na desvalorização. 

Eu moldo um a um, não são feitos com moldes. Em cada um, um encaixe na mão. Depois de pronto ele preserva essa qualidade tátil. É pra se pegar na mão e sentir com o corpo: meu coração na minha mão.  

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